Inovação e eficiência no Porto de Santos

Inovação e eficiência no Porto de Santos

 

Há 23 anos atuando no Porto de Santos, a líder na comercialização global de açúcar e etanol, Copersucar, já passou por várias fases desde o início de suas atividades, em 1998, quando o produto ainda era acondicionado em sacas. De lá para cá, a companhia segue investindo em formas de tornar seus processos cada vez mais produtivos e seguros, com grande destaque para as inciativas que usam tecnologias de automação como diferencial.

Um bom exemplo, foi o projeto desenvolvido para automatizar a conferência de notas fiscais no recebimento de açúcar do seu terminal portuário. “A verificação era feita manualmente pela equipe de Gestão de Estoque, tendo como base as versões impressas das notas, um procedimento que demorava em média seis horas. Com o desenvolvimento de um sistema especialmente formatado para realizar a conferência automática dos processos fiscais a partir das versões digitais dos documentos, a atividade passou a ser realizada em cerca de 10 minutos”, explica a coordenadora de Processos e Projetos da Copersucar, Maria Cristina Cerqueira Pisco.

A mudança também tornou o processo mais assertivo, evitando falhas humanas na transcrição das informações e possibilitou que a equipe trabalhasse remotamente, o que se mostrou muito útil em tempos de pandemia.

Outro projeto focado na automatização de processos é a implantação do sistema Andon no Terminal Açucareiro Copersucar (TAC). A metodologia japonesa, criada pelo fundador da Toyota, permite a chamada automática de caminhões a partir do monitoramento do pátio regulador localizado em Cubatão, passando pelo acompanhamento das filas de espera no próprio terminal, e direcionamento dos veículos para descarga na moega correta. O principal ganho com a implantação do sistema é a garantia de uma operação ainda mais produtiva.

"Isso tudo reduz burocracia e etapas no processo, já que o sistema ajuda a guiar e monitorar a produção. E o Andon não atua apenas com os caminhões, mas também com os vagões, pois a nossa maior parcela de movimentação é feita por ferrovias", destacou o gerente-executivo de Operações da empresa, Rodrigo da Silva Lima. Segundo ele, por meio de uma tecnologia de radiofrequência, os vagões são reconhecidos automaticamente ao entrarem na moega, fornecendo informações de origem e tipos de carga transportada, facilitando o processo de liberação dos trens para descarga.

O projeto está em desenvolvimento e deve ser finalizado no próximo ano. A primeira etapa contou com a execução de um amplo estudo dos processos de descarga do TAC, que envolveu diversos setores da companhia.

Liberdade para inovar

Na visão do gerente-executivo de Tecnologia e Processos da Copersucar, Dalbi Arruda, para que ações como essas floresçam, é necessário incentivar e dar autonomia às equipes para que elas tenham coragem para contestar o formato atual, propor alternativas e errar até acertar.

“O desenvolvimento de um ambiente de negócios aberto à inovação começa a partir do momento em que nos dispomos a transformar a forma como resolvemos problemas relevantes”, conclui Arruda.
Fonte: G1
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